20/11: na dúvida entre vivo ou morto, a cor define





Existem incontáveis estudos que podem explicar a situação do negro no Brasil. As raízes do racismo, da pobreza, das favelas são históricas, mas tem que ler, e tendo sido eleito na sombra do atual presidente não é de se esperar muita simpatia pela leitura.
Acontece que a menina negra Ágatha não estava sendo acusada de nenhum crime. Mas a polícia a matou.
Amarildo não era o criminoso que a polícia procurava, só não deu sorte de compartilharem a mesma cor. E a polícia o matou.
Será mera coincidência que negros sejam 75% dos mortos pelas polícias brasileiras? Eu não duvido que a cor foi o “crime” de alguns desses, crime não previsto [oficialmente] no código penal brasileiro. Mesmo assim as polícias os mataram.
Talvez a leitura do mundo que a mídia nos “obriga” a fazer explique a falsa ideia de que os negros que morrem são “ os negros que deviam morrer”[ninguém deve morrer].
Reflita…




Percebem o malabarismo para não chamarem a branca de traficante?
É que na dúvida entre traficar e negociar. Entre traficante e advogada acusada.
Entre vivo e morto. O que define é a cor.
A polícia mata negro, sim.
O racismo estrutural precisa ser combatido. E superar o mito da polícia infalível é parte disso.

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